quinta-feira, 31 de março de 2016

Ademir Araújo, o Maestro Formiga

Em 1965, 1967 e 1968 foi vencedor dos concursos de carnaval promovidos pela Prefeitura Municipal do Recife na categoria maracatu. De 1970 até 1977, atuou como regente titular, da Banda Municipal do Recife. Em 1971, foi vencedor do festival de frevos dos Diários Associados com o frevo de rua "Alô, Recife". Em 1975, por ocasião das comemorações dos 150 anos do Diário de Pernambuco, o mais antigo jornal da América Latina, compôs a "Grande abertura Diário de Pernambuco" para orquestra sinfônica, banda militar e coro, e que foi executada a 7 de novembro daquele ano na Praça da Independência em Recife, em primeira audição. Em 1976, criou a Orquestra Popular do Recife da qual se tornou regente em 1977. Em 1980, participou, com a Orquestra Popular e com o cantor Claudionor Germano, do lançamento da orquestra volante de frevos, Frevioca, criada pelo pesquisador Leonardo Dantas Silva. No mesmo ano, foi vencedor do Frevança, Encontro Nacional do Frevo e Maracatu promovido pela Fundação de Cultura Cidade Recife e pela Rede Globo Nordeste, com a composição "Águia de ouro". Em 1981, tornou a vencer o Frevança com a composição "Formiga está de volta". Em 1982, produziu pelo selo Mocambo o disco "Carnaval do Nordeste nº 2", que foi distribuído pela Sudene em diversos países. No mesmo ano, venceu novamente o Frevança com a composição "Tonico está de volta". Em 1989, venceu pela quarta vez o Frevança com a composição "Andréa no frevo". Em 1996, a Polydisc lançou o CD "Sua excelência o frevo de rua". Suas composições estão dentro do campo popular, do qual compõe maracatus, frevos e outros gêneros. Dentro do campo erudito fez estudos para piano, flauta e oboé, além de poemas sinfônicos. Em 2002, lançou o CD "Release - Música Erudita Pernambucana". O disco relata, em 4 momentos diferenciados, todos compostos por Formiga, elementos da cultura do estado de Pernambuco. Na primeira obra, "Festa do Carmo", composta em 1978, o autor procura retratar as festividades da Padroeira da cidade do Recife, Nossa Senhora do Carmo. A obra compõe-se de cinco partes: Alvorada (Andante) - O amanhecer no pátio da igreja; Na Entrada da Igreja (Allegro Moderato) - O vendedor de santinhos, o pedinte e o momento de reflexão; O Santuário (Largo) - a prece, os pedidos e agradecimentos diante da imagem da Santa; A Procissão (Allegro) - A marcha da fé e a esperança de dias melhores; A Grande Festa (Allegro Vivo) - O Parque de Diversões, a Banda no coreto e as diversas emoções do povo. A segunda obra, "Poema Indio", composta em 1976, é dedicada ao jornalista, pesquisador e escritor Leonardo Dantas da Silva, e fala dos principais elementos presentes na cultura do índio. Essa obra, composta por cinco partes, foi executada pela Banda Municipal do Recife, no Museu do Estado de Pernambuco, durante a realização das festividades da Semana do Índio. As partes são: Andante (Manhã na Taba); Allegro Moderato (A Caçada); Andante Marcato (O Cacique); Moderato (O Pagé); Allegro Vivo (Dança). A terceira obra, "Poema Negro", composta e executada em 1976 pela Banda Municipal do Recife, e regida pelo próprio autor, Formiga, em uma sala do Museu do Estado de Pernambuco. Dividindo-se em cinco partes, a obra é dedicada ao jornalista Moysés Kertsmam, e se inspira na temática da cultura africana, que também muito influenciou a cultura do estado de Pernambuco. As partes são: Moderato (Anoitecer na Senzala); Allegro (O Feitor); Lento (Serenata à Sinhazinha); Allegro; Moderato (O Capoeira); Allegro (Dança). A quarta obra, "Abertura do diário de Pernambuco", é um poema sinfônico, feito inicialmente para cordas e banda. O tema é contar os 150 anos de trajetória do jornal mais antigo da América Latina (1825). A obra traz ecos da historia através do Coral que incide vocalizações sobre episódios e acontecimentos marcantes entre 1825 e 1975. Esta obra trás uma visão de mundo do compositor Ademir Araújo, pois é uma crônica musical das noticias, fatos, acontecimentos históricos divulgados através do Diário de Pernambuco. Em 2003, lançou o CD "O som dos Caboclinhos". O projeto, que foi realizado pela Plural produções, contou com a direção do próprio Formiga, além de participações especiais das tribos Sete Flecha, Tupã, Arapahos e Oxossi Pena Branca. Também participam a Banda Amigos da Cidade do Recife e a Banda Sinfônica da Secretaria de Educação de Pernambuco. O projeto do CD era divulgar mais o caboclinho, cantando antigos sucessos e recriando o ritmo através de composições e arranjos para Bandas. Em 2008, foi uma das personalidades homenageadas no carnaval de Pernambuco. A partir do mesmo ano, organizações, como a ONG Caldeira Cultural Brasileira, A Plural Produções e a Araújo & Soares, manifestaram interesse em apoiar, colaborar, fomentar e divulgar eventos nos quais o nome do Maestro esteja envolvido. Em 2010, as seguintes músicas que contaram com seu arranjo foram premiadas no "Festival de Música Carnavalesca 2010", realizado em Recife (PE): "Salu Rabequeiro", de Getúlio Cavalcanti, interpretada pelo Bloco da Saudade, na categoria Frevo de bloco; "O molejo do passo", de Roberto Cruz e Beto Hortiz, interpretada por Nonô Germano, na categora Frevo canção; e "Rainha do Morro", de Bráulio de Castro e Marcelo Varella, interpretada por Gerlane Lops, na categoria Maracatu. Do festival, participaram cerca de 200 artistas e compositores. Obra Acorda, gente Águia de ouro Aí vem os palhaços Alegria do Norte Alô, Recife Andréa no frevo Dia de festa Dona Santa (c/ José Amaro da Silva) festa do carmo Formiga está de volta Grande Abertura do Diário de Pernambuco Grande abertura sinfônica Maracatu indiano (c/ Romero Amorim) poema indio Poema negro Prelúdio de maracatu Regresso de maracatu Tonico está de volta Discografia (2003) O Som dos Cabocolinhos • CD (2002) Release - Música Erudita Pernambucana • CD (1996) Sua excelência o frevo de rua • Polydisc • CD

Cylene Araújo relança "Frevos & Maracatus"

“Desde a época do vinil” gravando músicas de carnaval nos CDs de forró, a cantora passou a dedicar projetos exclusivos ao frevo em 2005. “É o ritmo do meu estado. Me sinto realizada cantando”, confessa. Frevos e maracatus reúne frevos-canções e instrumentais. Nessas últimas, a sanfona toma a frente da folia. Duas faixas são de autoria da forrozeira: Menino bonito, gravada por Quinteto Violado em álbum, e Olinda, carnaval emoção. 01. Menino Bonito (frevo canção) 02. Olinda, Carnaval Emoção (frevo canção) 03. Oiá a Virada (frevo canção) 04. Minha Fantasia (frevo canção) 05. Juro (frevo canção) 06. Pernambuco Você é Meu (frevo canção) 07. Evocação Nº1 (frevo canção) 08. Centenário de Edgard Morais (frevo canção) 09. Exaltação à Recife (frevo canção) 10. Axé Zumbi (maracatu) 11. Bate o Bombo (maracatu) Contatos para shows: (81) 9615-9175 / 8684-3321 BAIXE AQUI.

Gonzagão também gravou Frevo. Disponibilizamos 04 faixas inéditas

Pouca gente sabe que antes de se tornar famoso como compositor e interprete de forró, Luiz Gonzaga gravou um disco compacto com quatro frevos, intitulado “Frevogodó”, tendo como co-autor Jonathas Lucena. Isso foi em 1945, mas a gravadora RCA, que tinha contrato de exclusividade com o “Rei do Baião” não quis lançar o disco por achar que não iria fazer sucesso. Mas, a razão maior foi evitar que o cantor e sanfoneiro de Exu (PE) saísse do foco de sua carreira na musica forrozeira, iniciada efetivamente em 1950 quando gravou “A dança da moda”. O compositor Jonathas Lucena guardou o maior segredo a respeito desse detalhe da carreira de Gonzagão e só depois de muito tempo resolveu dar divulgação ao fato. Portanto, o frevo pernambucano também foi cantado pelo “Rei do Baião”.

Forrozeiros gravam clipes para a folia. Listamos algumas produções

A folia tomou conta do nordeste e para celebrar esta grande festa, vários artistas do Forró decidiram lançar novas produções em audiovisual. Entre as novidades, estão Novinho da Paraíba, que resolveu ingressar de peito aberto no Carnaval e criando o frevo em parceria com Petrúcio Amorim “Olinda Recife”; Elba Ramalho com o seu “Frevo, Paixão e Zueira”, de André Rio e Rannieri Oliveira. Confira os clipes de carnaval: Olinda Recife – Novinho da Paraíba Frevo, Paixão e Zueira - Elba Ramalho Beijar Você - Derico Alves Eu quero Água - Iaponan Marins Frevo Davanira - Maciel Melo Evocações nº 1 – Cylene Araújo

Novinho da Paraíba no Frevo

Todo bom cantor nordestino, seja ele intérprete de qual gênero for, tem que cantar frevo também. É quase uma imposição. Está no sangue. Alcymar Monteiro, Elba Ramalho, Dominguinhos, Nádia Maia, são algunsdos inúmeros exemplos. Mas, estava faltando na grade dos forrozeiros frevistas o nome de um sanfoneiro e forrozeiro dos bons: Novinho da Paraíba. Este ano, o filho de Monteiro, na Paraíba, terra exportadora de muitos talentos musicais, resolveu ingressar de peito aberto no Carnaval. Depois de consagrado agitando o meio forrozeiro com um leque de grandes sucessos, Novinho decidiu criar um frevo ao lado de duas outras feras: Petrucio Amorim, com parceiro na composição e o mestre mastro Duda nos arranjos da musica. Nasceu, assim, o frevo-canção “Olinda Recife”, mais uma homenagem às cidades irmãs, que fazem juntas o melhor Carnaval do mundo. Novinho da Paraíba, portanto, é a grande novidade musical do Carnaval 2016.

A irreverência no Carnaval

Tem folião que aproveita o Carnaval para fazer paródias das musicas mais cantadas durante o ano, colocando letras que criticam as coisas erradas do País. Também é o  momento de levar na gozação personagens que foram bastante criticados ou citados nas mídias sociais.  Este ano, os mais fantasiados com certeza vão ser o “japonês” da Policia Federal, o juiz Sérgio Moro (aliás, os dois já são bonecos gigantes no Carnaval de Olinda), e ainda os que foram pegos pela Operação Lava-Jato: Nestor Cerveró,  Collor, o senador Delcídio, o Pixuleco, o ex-presidente Lula e, certamente, a atual Dilma.

Eles vão ocupar espaços antes pertencentes a figuras do cinema e das historias em quadrinhos, como “O Homem-Aranha”, “A Mulher-Gato”, “Hulk”, “Zorro” e tantos outros.
 
Assim é a folia de Momo. Serve pro povo se divertir de forma irreverente e jocosa,  tirar o peso das desventuras das costas e criticar as coisas erradas que acontecem neste País do Carnaval e da... propina.

Forró no Frevo

Homenageado do Carnaval do Recife, este ano, o cidadão Francisco Amâncio da Silva, que a maioria só conhece como o Maestro Forró, é um personagem da nova geração musical pernambucana. Sempre se apresentando de forma irreverente e com trajes que só ele mesmo veste criou e faz sucesso com a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Na infância conviveu com as musicas de Luiz Gonzaga por causa do pai, sanfoneiro. Gostava também das músicas de Capiba, do forró, passando pela lambada, chegou ao frevo, mas o forró ficou no apelido. Na época junina, a sua orquestra de frevos vira uma banda de forró – o “Fole Assoprado”, porque não tem sanfona, cujo som ele retira dos instrumentos de sopro. Já viajou por boa parte do mundo – Portugal, França, China, Cuba, e Turquia. Numa dessas viagens gravou a série “Andante”, exibida dias atrás pela Rede Globo-Nordeste. Maestro Forró, um dos maiorais do nosso Carnaval, costuma dizer: -“Minha historia é eruditizar o popular ou popularizar o erudito. É da minha infância isso. Meu pai era sanfoneiro popular e meu irmão é pianista erudito”.

Alceu do Carnaval

Folião e morador, símbolo mais autentico dos festejos de Momo na cidade de Olinda, o pernambucano Alceu Valença, nasceu em São Bento do Uma, nos limites do agreste com o sertão.

Começou a gostar de musica ouvindo os cantadores de feira interpretando Luiz Gonzaga,  Jackson do Pandeiro e Marinês. Ao vir para o Recife, aos 10 anos de idade,  passou a admirar outros gêneros musicais até se dedicar ao frevo. Conheceu Geraldo Azevedo, com quem gravou o seu primeiro disco e com o amigo foi morar no Rio de Janeiro, participando de alguns festivais.

Com o LP “Coração Bobo”, se tornou um artista conhecido no Brasil. Fez algumas excursões ao exterior, ganhou prêmios importantes, até se dedicar de corpo e alma ao frevo e viver com mais intensidade as noites em seu casarão de Olinda.

Estreou também como cineasta, dirigindo o filme “A Luneta do Tempo”, com o qual ganhou muitos elogios da crítica.  A cultura pernambucana muito deve a Alceu Paiva Valença, mais do que tudo um cantor e compositor nascido e criado entre os maracatus e a viola sertaneja. Um maioral do nosso Carnaval, homenageado este ano na folia de Olinda, com o tema: "O circo de Alceu Valença".