domingo, 27 de novembro de 2016

CABOCLINHO AGORA É IMORTAL

Na década de 1930, o escritor Mário de Andrade definiu assim o caboclinho: “De todas as danças dramáticas que ví, os caboclinhos são o único bailado verdadeiro”.   Oitenta anos depois, esse folguedo popular é reconhecido como manifestação no rol oficial do Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil.

Esse  titulo dado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em Brasília,   enobrece a cultura popular de Pernambuco e do Nordeste  e com essa distinção se espera que o poder publico ajude com mais empenho essa manifestação, que tem no Recife um de seus mais legítimos representantes: o Caboclinho Sete Flexas, fundado em 1971 no bairro de Água Fria e que nunca deixou de desfilar no Carnaval, apesar de enfrentar muitas dificuldades para sobreviver.





   

II Vesperal Carnavalesca do Bloco da Saudade


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Xinelo Rasgado lança CD “Frevo, Forró e Folia”

Conhecido pela combinação de figurinos em seus shows, Wellington Francisco (sanfona e voz) e a Aurineide Cândida (vocalista) comandam o Forró Xinelo Rasgado, grupo criado em 2006 realiza apresentações públicas e particulares sempre com muita energia e interação com o público. 
A banda já soma em sua discografia três CDs e um DVD ao vivo gravado no Cabo de Santo Agostinho durante a festa junina da cidade. Já são 10 anos que a banda vem desenvolvendo um trabalho, resgatando a cultura nordestina em suas canções e para comemorar esta marca, foi lançado o CD “Frevo, Forró e Folia”.
Novo álbum gravado conta com 10 músicas de grandes mestres do frevo: Zé Ramalho, Capiba, Getúlio Cavalcante, Nelson Ferreira, Carlos Fernando, Marron Brasileiro, Nelson Ferreira, J. Michiles, Moacyr Franco, Clídio Nigro e Clóvis Vieira. A música “O Maior Tocador” de Luiz Gonzaga ganhou uma nova versão ao som do Frevo Sanfonado de Wellington com a participação de Luizinho de Serra.
Este novo trabalho já pode ser conferido gratuitamente, através do link http://www.suamusica.com.br/frevoforrofolia
Contatos para Shows: (81) 9.9763-3261 / 9.8757-6252


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Galo da Madrugada homenageará Alceu Valença e Jota Michiles em seu desfile de 2017

O ano era 1978, quando a união de um grupo de amigos e famílias fundou o que mais tarde seria reconhecido como o maior bloco de Carnaval do mundo. Desde então, as ruas do bairro de São José, centro do Recife-PE, nunca mais foram as mesmas. Comandado por Enéas Freire, o Galo da Madrugada resgatava o tradicional Carnaval de rua, capitaneado pelo ritmo que ferve as multidões.
Com o passar dos anos, a agremiação serviu de inspiração para o Carnaval de outros Estados do Brasil e de alguns países, contribuindo para levar o frevo e o espírito pernambucano a todo país e alguns lugares do mundo. A exemplo do “Galinho da Madrugada”, que acontece desde 1992, em Brasília (DF), o “Galo do Porto”, em Porto Alegre, e do “Galo na Neve”, que nasceu na cidade de Trois-Rivières, no Estado do Quebec, Canadá, há dois anos. 
Em 25 de fevereiro de 2017, o Clube de Máscaras prestará homenagem a dois grandes representantes da música pernambucana no seu 40° desfile de Carnaval. Nesse dia, o bloco sairá às ruas com o tema “Alceu Valença e Jota Michiles  - Guerreiros do Frevo”. A data servirá também para celebração dos 50 anos de carreira de Jota Michiles e os 70 anos de vida de Alceu Valença. 
 “A escolha dos homenageados se deu pela grande representatividade que os dois artistas têm no Frevo e em nosso Carnaval, levando a cultura pernambucana para o cenário nacional e até do exterior. Além disso, as carreiras de Michiles e de Alceu estão entrelaçadas. Michiles compôs grandes frevos, muito bem representados por Alceu Valença, assim como Alceu é um excelente cantor e compositor que leva nossa música para todo lugar do mundo”, explica o presidente do Galo da Madrugada, Rômulo Meneses.
Jota Michiles
Consagrado compositor pernambucano, nascido na cidade do Recife, Jota Michiles é formado em História e autor de sucessos antológicos que fazem parte do Carnaval do Estado. Celebrando 50 anos de música, de uma trajetória iniciada no Rio de Janeiro, em plena Jovem Guarda, quando gravou a canção “Não Quero que Chores” com o grupo Vocal The Golden Boys, na famosa gravadora Odeon, Michiles representa a essência do Frevo, ritmo que contagia desde os primeiros acordes.
Ainda na década de 1960, venceu o concurso Uma Canção para o Recife, instituído pela prefeitura da cidade, com a marcha “Recife Manhã de Sol”. Michiles concorreu com os mais consagrados compositores daquele momento: Capiba, Nelson Ferreira, Aldemar Paiva. Atualmente, ele tem mais de 100 letras registradas na União Brasileira de Compositores (UBC).
Mas foi a partir do Carnaval 1986, com o hit “Bom Demais”, eternizado na voz de Alceu Valença, que o nome de Jota Michiles virou sinônimo de Frevo. Ainda com Alceu a explodir as ladeiras de Olinda, emplacou “Me Segura Senão Eu Caio” (1987), “Diabo Loiro” (1995), “Roda e Avisa” (1999) - homenagem a Chacrinha, em parceria com Edson Rodrigues, e “Vampira” (2007). O saudoso Abelardo Barbosa – Chacrinha - recebeu, inclusive, o troféu Galo de Ouro, em 1985. E agora em 2017, comemora-se o centenário do irreverente artista popular.
Artista de todo o Brasil já gravaram sucessos de Michiles como Geraldo Azevedo com a música “Pernas pra que te Quero”, Chico César com “Recife Nagô”, Maria Bethânia com “Recife Manhã de Sol”, Daniela Mercury com “Saudando o Brasil”, Fafá de Belém com “Fazendo Fumaça”, Amelinha e Nádia Maia com “Espelho Doido”, e muitos outros. Em 2015, o compositor venceu o 10º Festival de Marchinhas, no Rio de Janeiro, com a música Adoro Celulite, em parceria com Gustavo Krause.
Agora chegou a vez do compositor registrar no currículo a alegria de ser homenageado pelo clube de máscaras. “O Galo da Madrugada é a bandeira de maior referência do Carnaval. Uma explosão de riqueza musical e cultural do nosso Recife. Ser homenageado por este gigante galo carnavalesco, nesses meus 50 anos de atividade musical, é honrosamente gratificante. Me sinto muito feliz em ver meu nome sendo levado aos quatro cantos do Brasil”, ressalta Jota Michiles.
Alceu Valença
Pernambucano de São Bento do Una, Alceu Valença cresceu em convívio direto com os elementos vivos que ajudaram a consolidar a cultura do Nordeste. Aos sete anos de idade, veio para Recife, onde conheceu os blocos de frevo, os grupos de maracatu e ciranda, e conviveu com personalidades como o maestro Nelson Ferreira e os poetas Carlos Penna Filho e Ascenso Ferreira, amigos de seu pai. Criador de um estilo próprio, Alceu iniciou a carreira artística no exterior, levando para o mundo, desde muito cedo, o xote, embolada, baião. Já no fim da década de 1970, de volta ao Recife, Alceu começa a compor suas primeiras canções.
Os sucessos para o grande público chegaram na década de 80. “Voltei Recife”, composição de Luiz Bandeira, é um dos clássicos que foi eternizado na voz do artista. Em 1981, Alceu consolida uma nova fase e o imenso sucesso do compositor. O disco “Cavalo de Pau” (1982) representa o ápice deste período, com músicas como “Tropicana”, “Pelas Ruas Que Andei”, “Como Dois Animais” pipocando em ginásios e estádios por todo o país, a primeira aparição no Festival de Montreux, diversas participações no Cassino do Chacrinha e milhões de cópias vendidas. Em 1983, o LP “Anjo Avesso” conta com um dos seus grandes sucessos “Anunciação”.  Em janeiro de 1985, grava novo disco no qual interpreta o frevo “Chego Já”. Ainda na década de 1980, Alceu compõe “Coração Bobo”, inspirado em Jackson do Pandeiro. 
Já na década de 90, Alceu lança um de seus discos mais inspirados. “Sete Desejos” (1991), que traz clássicos como “Tesoura do Desejo”, “Junho” e “Belle de Jour”. Em 1996, o artista junta-se aos colegas de geração, como Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho para a celebração do “O Grande Encontro”.  Com o bloco Bicho Maluco Beleza, o cantor atrai uma multidão todos os anos.
Em 2014, Alceu lançou um disco com repertório carnavalesco, o Amigo da Arte. Entre as canções, a "Frevo nº1 do Recife", de Antônio Maria, mistura de frevo de bloco com fado, interpretado em dueto com a cantora portuguesa Carminho. Há também regravações de parcerias de Alceu com Carlos Fernando, como “O Homem da Meia Noite”. Referência no ritmo, artistas de todo o Brasil gravaram sucessos dele, a exemplo de Gilberto Gil e Jackson do Pandeiro.
“Antes tomar as ruas do Recife, no sábado de Zé Pereira, e se tornar o maior bloco do mundo, eu já o conheci o Galo da Madrugada no Bairro de São José. Tive o prazer de alegrar a multidão em muitos desfiles e gravei seu hino, no disco Asas da América. Em 2017, vou participar mais uma vez dessa festa maravilhosa na condição de homenageado ao lado de Jota Michiles, compositor que me presenteou com tantos frevos, sucessos, hoje já incorporados no inconsciente coletivo de nossa gente”, conta Alceu.
Para Valença, o bloco é a representação musical de Pernambuco. “O Galo é a expressão singular e múltipla de uma festa que reúne muitos gêneros musicais atemporais nascidos em nossa terra. É o frevo de rua, é o frevo de bloco, é o frevo canção, é o maracatu, do baque solto e do baque virado, é o caboclinho de lança e o rural, é a ciranda que saiu das praias e se integrou ao Carnaval. É Capiba, é Nelson Ferreira, é o Maestro Duda, é José Meneses, é Carlos Fernando, é Geraldo Azevedo, é Jota Michiles, é Claudionor Germano, é Spok, é Nena Queiroga, é Gustavo Travassos, é André Rio, é o Maestro Forró e tantos outros nomes de ontem, de hoje e de amanhã. É o canto dos foliões, é a alegria incomparável, é a dança. É o prenúncio de um sonho colorido que vai virar quatro dias de Carnaval. É uma honra ser homenageado pelo maior bloco carnavalesco do mundo”, finaliza o cantor e compositor. 

Xinelo Rasgado comemora 10 anos de carreira e lança CD de Carnaval

O grupo pé de serra foi criado em 2006 durante uma festa familiar sob o comando de Wellington Francisco (sanfona e voz) e a Aurineide Cândida (vocalista) e desde hoje toca em eventos particulares, corporativos e públicos apresentando um show com trocas de figurino e o melhor da cultura regional com músicas tradicionais, próprias e de sucessos da nova geração sempre com muita autenticidade e alegria.
Já são três CDs e um DVD na carreira da banda. Para comemorar seus 10 anos de estrada, o Xinelo Rasgado está lançando o seu primeiro trabalho voltado para o Carnaval com o Frevo Sanfonado. O novo álbum intitulado de “Frevo, Forró e Folia”, conta com 10 faixas que será lançado no sábado, 05 de novembro, a partir das 20h no Bar da Terra no Bongi no Recife, entre as participações especiais estão Aécio dos 8 Baixos e Xuxa do Acordeon.
Na programação da festa será feita uma homenagem aos que contribuem para a cultura local, com a entrega de 23 Troféus Xinelo Rasgado de Incentivo à Cultura, nas categorias: Comunicadores, Músicos, Fotógrafos, Casas de Shows/Estabelecimentos, Sanfoneiros, Poetas, forrozeiras e famílias. 
Serviço:
Lançamento do CD Frevo, Forró e Folia do Xinelo Rasgado
Quando: 05 de Novembro, a partir das 20h.
Onde: Bar da Terra – Rua Alexandre Padilha, 1067 – Bongi.
Ingresso: R$ 20 (Grátis o CD Frevo, Forró e Folia).
Informações: (81) 9.8757-6252 / 9.9763-3261

quinta-feira, 31 de março de 2016

Ademir Araújo, o Maestro Formiga

Em 1965, 1967 e 1968 foi vencedor dos concursos de carnaval promovidos pela Prefeitura Municipal do Recife na categoria maracatu. De 1970 até 1977, atuou como regente titular, da Banda Municipal do Recife. Em 1971, foi vencedor do festival de frevos dos Diários Associados com o frevo de rua "Alô, Recife". Em 1975, por ocasião das comemorações dos 150 anos do Diário de Pernambuco, o mais antigo jornal da América Latina, compôs a "Grande abertura Diário de Pernambuco" para orquestra sinfônica, banda militar e coro, e que foi executada a 7 de novembro daquele ano na Praça da Independência em Recife, em primeira audição. Em 1976, criou a Orquestra Popular do Recife da qual se tornou regente em 1977. Em 1980, participou, com a Orquestra Popular e com o cantor Claudionor Germano, do lançamento da orquestra volante de frevos, Frevioca, criada pelo pesquisador Leonardo Dantas Silva. No mesmo ano, foi vencedor do Frevança, Encontro Nacional do Frevo e Maracatu promovido pela Fundação de Cultura Cidade Recife e pela Rede Globo Nordeste, com a composição "Águia de ouro". Em 1981, tornou a vencer o Frevança com a composição "Formiga está de volta". Em 1982, produziu pelo selo Mocambo o disco "Carnaval do Nordeste nº 2", que foi distribuído pela Sudene em diversos países. No mesmo ano, venceu novamente o Frevança com a composição "Tonico está de volta". Em 1989, venceu pela quarta vez o Frevança com a composição "Andréa no frevo". Em 1996, a Polydisc lançou o CD "Sua excelência o frevo de rua". Suas composições estão dentro do campo popular, do qual compõe maracatus, frevos e outros gêneros. Dentro do campo erudito fez estudos para piano, flauta e oboé, além de poemas sinfônicos. Em 2002, lançou o CD "Release - Música Erudita Pernambucana". O disco relata, em 4 momentos diferenciados, todos compostos por Formiga, elementos da cultura do estado de Pernambuco. Na primeira obra, "Festa do Carmo", composta em 1978, o autor procura retratar as festividades da Padroeira da cidade do Recife, Nossa Senhora do Carmo. A obra compõe-se de cinco partes: Alvorada (Andante) - O amanhecer no pátio da igreja; Na Entrada da Igreja (Allegro Moderato) - O vendedor de santinhos, o pedinte e o momento de reflexão; O Santuário (Largo) - a prece, os pedidos e agradecimentos diante da imagem da Santa; A Procissão (Allegro) - A marcha da fé e a esperança de dias melhores; A Grande Festa (Allegro Vivo) - O Parque de Diversões, a Banda no coreto e as diversas emoções do povo. A segunda obra, "Poema Indio", composta em 1976, é dedicada ao jornalista, pesquisador e escritor Leonardo Dantas da Silva, e fala dos principais elementos presentes na cultura do índio. Essa obra, composta por cinco partes, foi executada pela Banda Municipal do Recife, no Museu do Estado de Pernambuco, durante a realização das festividades da Semana do Índio. As partes são: Andante (Manhã na Taba); Allegro Moderato (A Caçada); Andante Marcato (O Cacique); Moderato (O Pagé); Allegro Vivo (Dança). A terceira obra, "Poema Negro", composta e executada em 1976 pela Banda Municipal do Recife, e regida pelo próprio autor, Formiga, em uma sala do Museu do Estado de Pernambuco. Dividindo-se em cinco partes, a obra é dedicada ao jornalista Moysés Kertsmam, e se inspira na temática da cultura africana, que também muito influenciou a cultura do estado de Pernambuco. As partes são: Moderato (Anoitecer na Senzala); Allegro (O Feitor); Lento (Serenata à Sinhazinha); Allegro; Moderato (O Capoeira); Allegro (Dança). A quarta obra, "Abertura do diário de Pernambuco", é um poema sinfônico, feito inicialmente para cordas e banda. O tema é contar os 150 anos de trajetória do jornal mais antigo da América Latina (1825). A obra traz ecos da historia através do Coral que incide vocalizações sobre episódios e acontecimentos marcantes entre 1825 e 1975. Esta obra trás uma visão de mundo do compositor Ademir Araújo, pois é uma crônica musical das noticias, fatos, acontecimentos históricos divulgados através do Diário de Pernambuco. Em 2003, lançou o CD "O som dos Caboclinhos". O projeto, que foi realizado pela Plural produções, contou com a direção do próprio Formiga, além de participações especiais das tribos Sete Flecha, Tupã, Arapahos e Oxossi Pena Branca. Também participam a Banda Amigos da Cidade do Recife e a Banda Sinfônica da Secretaria de Educação de Pernambuco. O projeto do CD era divulgar mais o caboclinho, cantando antigos sucessos e recriando o ritmo através de composições e arranjos para Bandas. Em 2008, foi uma das personalidades homenageadas no carnaval de Pernambuco. A partir do mesmo ano, organizações, como a ONG Caldeira Cultural Brasileira, A Plural Produções e a Araújo & Soares, manifestaram interesse em apoiar, colaborar, fomentar e divulgar eventos nos quais o nome do Maestro esteja envolvido. Em 2010, as seguintes músicas que contaram com seu arranjo foram premiadas no "Festival de Música Carnavalesca 2010", realizado em Recife (PE): "Salu Rabequeiro", de Getúlio Cavalcanti, interpretada pelo Bloco da Saudade, na categoria Frevo de bloco; "O molejo do passo", de Roberto Cruz e Beto Hortiz, interpretada por Nonô Germano, na categora Frevo canção; e "Rainha do Morro", de Bráulio de Castro e Marcelo Varella, interpretada por Gerlane Lops, na categoria Maracatu. Do festival, participaram cerca de 200 artistas e compositores. Obra Acorda, gente Águia de ouro Aí vem os palhaços Alegria do Norte Alô, Recife Andréa no frevo Dia de festa Dona Santa (c/ José Amaro da Silva) festa do carmo Formiga está de volta Grande Abertura do Diário de Pernambuco Grande abertura sinfônica Maracatu indiano (c/ Romero Amorim) poema indio Poema negro Prelúdio de maracatu Regresso de maracatu Tonico está de volta Discografia (2003) O Som dos Cabocolinhos • CD (2002) Release - Música Erudita Pernambucana • CD (1996) Sua excelência o frevo de rua • Polydisc • CD

Cylene Araújo relança "Frevos & Maracatus"

“Desde a época do vinil” gravando músicas de carnaval nos CDs de forró, a cantora passou a dedicar projetos exclusivos ao frevo em 2005. “É o ritmo do meu estado. Me sinto realizada cantando”, confessa. Frevos e maracatus reúne frevos-canções e instrumentais. Nessas últimas, a sanfona toma a frente da folia. Duas faixas são de autoria da forrozeira: Menino bonito, gravada por Quinteto Violado em álbum, e Olinda, carnaval emoção. 01. Menino Bonito (frevo canção) 02. Olinda, Carnaval Emoção (frevo canção) 03. Oiá a Virada (frevo canção) 04. Minha Fantasia (frevo canção) 05. Juro (frevo canção) 06. Pernambuco Você é Meu (frevo canção) 07. Evocação Nº1 (frevo canção) 08. Centenário de Edgard Morais (frevo canção) 09. Exaltação à Recife (frevo canção) 10. Axé Zumbi (maracatu) 11. Bate o Bombo (maracatu) Contatos para shows: (81) 9615-9175 / 8684-3321 BAIXE AQUI.

Gonzagão também gravou Frevo. Disponibilizamos 04 faixas inéditas

Pouca gente sabe que antes de se tornar famoso como compositor e interprete de forró, Luiz Gonzaga gravou um disco compacto com quatro frevos, intitulado “Frevogodó”, tendo como co-autor Jonathas Lucena. Isso foi em 1945, mas a gravadora RCA, que tinha contrato de exclusividade com o “Rei do Baião” não quis lançar o disco por achar que não iria fazer sucesso. Mas, a razão maior foi evitar que o cantor e sanfoneiro de Exu (PE) saísse do foco de sua carreira na musica forrozeira, iniciada efetivamente em 1950 quando gravou “A dança da moda”. O compositor Jonathas Lucena guardou o maior segredo a respeito desse detalhe da carreira de Gonzagão e só depois de muito tempo resolveu dar divulgação ao fato. Portanto, o frevo pernambucano também foi cantado pelo “Rei do Baião”.

Forrozeiros gravam clipes para a folia. Listamos algumas produções

A folia tomou conta do nordeste e para celebrar esta grande festa, vários artistas do Forró decidiram lançar novas produções em audiovisual. Entre as novidades, estão Novinho da Paraíba, que resolveu ingressar de peito aberto no Carnaval e criando o frevo em parceria com Petrúcio Amorim “Olinda Recife”; Elba Ramalho com o seu “Frevo, Paixão e Zueira”, de André Rio e Rannieri Oliveira. Confira os clipes de carnaval: Olinda Recife – Novinho da Paraíba Frevo, Paixão e Zueira - Elba Ramalho Beijar Você - Derico Alves Eu quero Água - Iaponan Marins Frevo Davanira - Maciel Melo Evocações nº 1 – Cylene Araújo

Novinho da Paraíba no Frevo

Todo bom cantor nordestino, seja ele intérprete de qual gênero for, tem que cantar frevo também. É quase uma imposição. Está no sangue. Alcymar Monteiro, Elba Ramalho, Dominguinhos, Nádia Maia, são algunsdos inúmeros exemplos. Mas, estava faltando na grade dos forrozeiros frevistas o nome de um sanfoneiro e forrozeiro dos bons: Novinho da Paraíba. Este ano, o filho de Monteiro, na Paraíba, terra exportadora de muitos talentos musicais, resolveu ingressar de peito aberto no Carnaval. Depois de consagrado agitando o meio forrozeiro com um leque de grandes sucessos, Novinho decidiu criar um frevo ao lado de duas outras feras: Petrucio Amorim, com parceiro na composição e o mestre mastro Duda nos arranjos da musica. Nasceu, assim, o frevo-canção “Olinda Recife”, mais uma homenagem às cidades irmãs, que fazem juntas o melhor Carnaval do mundo. Novinho da Paraíba, portanto, é a grande novidade musical do Carnaval 2016.

A irreverência no Carnaval

Tem folião que aproveita o Carnaval para fazer paródias das musicas mais cantadas durante o ano, colocando letras que criticam as coisas erradas do País. Também é o  momento de levar na gozação personagens que foram bastante criticados ou citados nas mídias sociais.  Este ano, os mais fantasiados com certeza vão ser o “japonês” da Policia Federal, o juiz Sérgio Moro (aliás, os dois já são bonecos gigantes no Carnaval de Olinda), e ainda os que foram pegos pela Operação Lava-Jato: Nestor Cerveró,  Collor, o senador Delcídio, o Pixuleco, o ex-presidente Lula e, certamente, a atual Dilma.

Eles vão ocupar espaços antes pertencentes a figuras do cinema e das historias em quadrinhos, como “O Homem-Aranha”, “A Mulher-Gato”, “Hulk”, “Zorro” e tantos outros.
 
Assim é a folia de Momo. Serve pro povo se divertir de forma irreverente e jocosa,  tirar o peso das desventuras das costas e criticar as coisas erradas que acontecem neste País do Carnaval e da... propina.

Forró no Frevo

Homenageado do Carnaval do Recife, este ano, o cidadão Francisco Amâncio da Silva, que a maioria só conhece como o Maestro Forró, é um personagem da nova geração musical pernambucana. Sempre se apresentando de forma irreverente e com trajes que só ele mesmo veste criou e faz sucesso com a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Na infância conviveu com as musicas de Luiz Gonzaga por causa do pai, sanfoneiro. Gostava também das músicas de Capiba, do forró, passando pela lambada, chegou ao frevo, mas o forró ficou no apelido. Na época junina, a sua orquestra de frevos vira uma banda de forró – o “Fole Assoprado”, porque não tem sanfona, cujo som ele retira dos instrumentos de sopro. Já viajou por boa parte do mundo – Portugal, França, China, Cuba, e Turquia. Numa dessas viagens gravou a série “Andante”, exibida dias atrás pela Rede Globo-Nordeste. Maestro Forró, um dos maiorais do nosso Carnaval, costuma dizer: -“Minha historia é eruditizar o popular ou popularizar o erudito. É da minha infância isso. Meu pai era sanfoneiro popular e meu irmão é pianista erudito”.

Alceu do Carnaval

Folião e morador, símbolo mais autentico dos festejos de Momo na cidade de Olinda, o pernambucano Alceu Valença, nasceu em São Bento do Uma, nos limites do agreste com o sertão.

Começou a gostar de musica ouvindo os cantadores de feira interpretando Luiz Gonzaga,  Jackson do Pandeiro e Marinês. Ao vir para o Recife, aos 10 anos de idade,  passou a admirar outros gêneros musicais até se dedicar ao frevo. Conheceu Geraldo Azevedo, com quem gravou o seu primeiro disco e com o amigo foi morar no Rio de Janeiro, participando de alguns festivais.

Com o LP “Coração Bobo”, se tornou um artista conhecido no Brasil. Fez algumas excursões ao exterior, ganhou prêmios importantes, até se dedicar de corpo e alma ao frevo e viver com mais intensidade as noites em seu casarão de Olinda.

Estreou também como cineasta, dirigindo o filme “A Luneta do Tempo”, com o qual ganhou muitos elogios da crítica.  A cultura pernambucana muito deve a Alceu Paiva Valença, mais do que tudo um cantor e compositor nascido e criado entre os maracatus e a viola sertaneja. Um maioral do nosso Carnaval, homenageado este ano na folia de Olinda, com o tema: "O circo de Alceu Valença".


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Cadê o Galo do Zeca

Carlinhos Monteverde 
(81) 99970.5475 | 98643.2289 

Inspirado pelo legado de grandes artistas como Luiz Gonzaga, o rei do ritmo Jackson do pandeiro, Alceu Valença, Gilberto Gil, Geraldo Azevedo e Reginaldo Rossi, Carlinhos Monteverde, artista com mais de 20 anos de carreira, lança seu novo disco: Cadê o Galo do Zeca. Em 15 faixas autorais, algumas assinadas com os parceiros Walter Lins, Osvaldo Araújo e Arguna, Carlinhos traz o bom e autêntico forró, alternando as canções entre histórias de amor e contos sobre as coisas simples do nordeste.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Papa Defunto anima foliões na Quarta-feira de Cinzas no Recife

Criado em 1997, o Bloco Papa Defunto anima os foliões do bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife na Quarta-feira de Cinzas. Personagens como o Coveiro, Papa Defunto e o morto no caixão fazem parte da irreverência do bloco. E aí quem se habilita em fazer o percurso deitado no caixão?!









quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Bloco "Que merda é essa" desfila pelas ruas de Paulista

Tradição de 9 anos no Carnaval de Paulista, o bloco "Que merda é essa" ganhou as ruas da praia de Conceição, animado por uma orquestra de frevos, dois carros alegóricos  e centenas de foliões.

 O desfile acontece no domingo de Carnaval, percorrendo trecho da Av. Claudio Gueiros Leite e ruas do bairro. O nome do bloco  originou-se  de uma gozação lançada por um motorista de onibus ao ver um grupo de fantasiados dançando pela rua. Aí, a pergunta se transformou no nome do bloco, que reúne, em sua maioria, moradores da Rua Edson Nieling Lundgren.



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A força da mulher pernambucana no carnaval

Por Gleide Ângelo
Amigos leitores, 
Cylene Araújo é uma artista, mulher e uma cidadã comprometida com as causas sociais  / Foto: divulgação
Cylene Araújo é uma artista, mulher e uma cidadã comprometida com as causas sociaisFoto: divulgação
Hoje é Carnaval, dia de alegria, de colocar o bloco na rua, de se juntar aos amigos e celebrar a vida. Mas não é momento de esconder a dor e a tristeza atrás da fantasia de Colombina, Catirina e Caboclinha. Por isso, hoje vou mostrar a vida de uma mulher forte, guerreira, comprometida com a luta da violência contra as mulheres, que sempre buscou seus sonhos, em um universo onde as mulheres não têm muito espaço. 
Mulheres, vamos conhecer a trajetória de Cylene Araújo, que sempre divulgou a cultura pernambucana nos quatro cantos do mundo.
QUEM É CYLENE ARAUJO ?
Cylene Araújo cantora, compositora, radialista, jornalista, poetisa, pesquisadora  musical e dançarina de ritmos folclóricos. Falar dessa “guerreira menina” é reconhecer em um ser humano, todas suas vertentes artísticas.
QUAIS PROJETOS SOCIAIS NO COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, CYLENE ARAÚJO PARTICIPA?
Cylene Araújo é uma artista, mulher e uma cidadã comprometida com as causas sociais e já há muitos anos se empenha na luta contra a violência a mulher. Cylene também escreve para a Revista Luso-Brasileira Persona Mulher. 
HOJE, DE QUE FORMA CYLENE TRABALHA PARA AJUDAR NO FORTALECIMENTO DAS MULHERES PARA DIMINUIR A VIOLÊNCIA?
Atualmente, Cylene Araújo é apresentadora e produtora do programa Forrobodó,na Rádio Universitária, onde abre espaço para divulgação de eventos atuais que visam promover e dignificar a mulher com entrevistas e debates, além de fazer a cobertura dessas ações de luta e cidadania. A maior parte das entrevistadas são mulheres militantes da causa contra a violência à mulher.
CYLENE ARAÚJO É UMA ARTISTA QUE CANTA FORRÓ OU É UMA MÚLTIPLA ARTISTA?
Cylene Araújo, muito conhecida por ser uma cantora de forró, também canta músicas de Carnaval. Inclusive, Cylene gravou neste ano mais um CD com o título “Frevos e Maracatus”, está fazendo shows no carnaval, e foi a cantora convidada para sair no Trio Elétrico da Secretaria da Mulher de Pernambuco no Galo da Madrugada. No São João, ela é conhecida como a cantora das 50 horas de forró, por ter cantado sozinha sem parar, no ano de 2000/ Patativa – São Paulo. Ela tem diversos CDs de forró gravados e realiza shows em vários espaços culturais. 
QUAL A AGENDA DE CYLENE NO CARNAVAL ?
Cylene Araújo fez shows no sábado e no domingo e fará mais dois shows, sendo um na terça feira (9) no Bairro do Barro, às 23h, e outro na quarta-feira (10), em Moreno, puxando um trio elétrico a partir do meio-dia .
Amigas, é importante mostrar a força, a garra, a raça da mulher pernambucana, para que você possa se espelhar e ver que quando se luta, se tem amor próprio e se tem um objetivo, você conquista o seu sonho. As maiores conquistas são as conquistadas com maiores dificuldades.  
Você sabe por que Cylene Araújo é uma vencedora? Porque ela sempre acreditou em um sonho que tinha desde os oito anos de idade. O mundo artístico não é fácil, mas ela soube torna-lo fácil e prazeroso. Cylene divulga a cultura pernambucana aos quatro cantos do mundo, com segurança, amor e orgulho de ser mulher.
Então, você amiga, que ainda se submete a ser agredida e violentada, saiba que você também tem essa força, essa garra. Acredite em você, supere toda a dor e transforme seu sofrimento em combustível para a mudança de vida. Acredite que você pode você consegue, você é forte, você é guerreira, e acima de tudo, você é uma MULHER QUE NUNCA ESTARÁ SOZINHA. Busque ajuda e dê a volta por cima. Brinque o Carnaval com respeito e com amor!
TELEFONES ÚTEIS

» Ouvidoria da Mulher do Estado de Pernambuco - Cidadã Pernambucana
Fone: 0800 281 8187
» Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal - 180

» Polícia - 190 (se a violência estiver ocorrendo)

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Forró e frevo/Frevo e forró

Recife e Olinda respiram carnaval. É nesta época que grandes nomes do frevo (vivos ou não) são incansavelmente lembrados ao som das orquestras que sobem e descem ruas e ladeiras. Mas, há quem não saiba, não lembre… O nosso ‘Embaixador do Forró’, Ivan Ferraz, nem só ao baião, dedicou sua carreira. Na década de 70, ele compôs e gravou diversos frevos, entre eles, o frevo-canção ‘Toque um Frevo’ – que conquistou a medalha de prata no Concurso de Músicas Carnavalescas (1979), realizado no teatro da TV Jornal, através da Prefeitura do Recife. Suas músicas foram sucesso na voz de interpretes como: Roberto Nogueira, Nadja Maria, Mêves Gama e Wilson Duarte. Vale lembrar!


Fonte: RadarComunica

sábado, 16 de janeiro de 2016

Virgens de Verdade de Fora

O Carnaval de Olinda  perde, este ano, uma das suas maiores atrações pré-carnavalescas. O Bloco “As Virgens de Verdade” deixa de desfilar pela 16° vez por absoluta falta de recursos financeiros. A crise pegou de jeito a agremiação, que promete voltar no próximo ano.   

Só o bloco “As Virgens do Bairro Novo”, que deu origem ao homem se vestir de mulher há 63 anos, vai manter a tradição, desfilando pela Avenida Getúlio Vargas no domingo, 31 de janeiro. Dez trios elétricos vão animar os foliões no desfile deste ano.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Banda Galera Forrozeira se prepara para o Carnaval do Nordeste

A banda Galera Forrozeira Elétrica, já está em clima de Carnaval, em parceria com a Banda Metrópoles contagia o público com um repertório eclético com muito samba, reggae, marchinhas de carnaval, frevos de: Capiba, Claudionor Germano, Alceu Valença, Waldemar de Almeida e músicas de cantores nacionais e regionais Ivete Sangalo, Claudia Leite, Almir Rouche, Marrom Brasileiro entre outros.

O grupo já animou várias festas carnavalescas da cidade de Natal, com destaque para a cidade de Pendências – RN, onde animou mais de 20 mil foliões e o Carnaval Azul e Branco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Este ano, a banda já está com presença garantida nas cidades de Pendências, Pirangy, Touros e Buzius. Para contratar a banda para animar o carnaval da sua cidade, entre em contato com: (84) 9.9636-6509 ou pelo site oficial: http://www.galeraforrozeira.com.br