quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

VIdeoClipe - Bia Villa-Chan e Alceu Valença - Pirata José

Paço do Frevo oferece vivências sobre o ritmo pernambucano para todas as idades


O programa “Frevência –vivências existenciais com o frevo para todas as idades”  foi lançado pelo Educativo do Paço do Frevo com atividades até o dia 1º de março (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)
O Paço do Frevo, iniciativa da Prefeitura do Recife, com realização da Fundação Roberto Marinho e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), já está no ritmo do carnaval. É que o Educativo do equipamento cultural lançou o programa “Frevência –vivências existenciais com o frevo para todas as idades” com oficinas, vivências, contação de histórias, jogos, brincadeiras e muito mais.
Com o objetivo de aproximar ainda mais o visitante do Frevo, as ações desenvolvidas pela Coordenação de Educação do Paço incluem oficinas de confecção de brinquedos, estandartes e vivências com canto e contação de histórias para crianças a partir dos três anos, além de brincadeiras de roda adaptadas para públicos com deficiência visual e/ou baixa visão a partir dos oito anos. Essas ações de férias seguem até o próximo domingo (3), com acesso incluso no valor do ingresso.
Além disso, o Frevência também fomenta uma programação especial para todo o mês de fevereiro, a proposta é difundir a cultura do frevo e do brincar. Antes de Zé Pereira, no Paço já é Carnaval!” é o tema para a realização do ciclo de atividades educativas que vai envolver crianças e públicos de todas as idades em reflexões sobre o patrimônio imaterial que é o Frevo. Estão nessa programação a Performance “Sentir-Ferver”, dos educadores Sibeli Carvalho, Bruno Leon e Rudah Colaço e o lançamento do Percurso “Recife, Cidade lendária”, que apresenta uma geografia afetiva de Recife construída a partir das letras dos frevos e história das agremiações. A programação inicia na próxima terça-feira (5) e se estende a 1º de março.
Frevência:
Ações de Férias
Frevo no Ar: Oficina de confecção de brinquedos experimentação de movimentos do frevo
Até 3/2, das 9h às 12h e das 14h às 17h
Público a partir de 5 anos
Faça sua Troça: Oficina de confecção de estandartes
Até 3/2, das 9h às 12h e das 14h às 17h
Público a partir de 3 anos
Vozes do Frevo: Vivência de iniciação ao canto
Todas as terças, às 11h e 15h
Público a partir de 10 anos
Acorda Povo!: Contação de História sobre os Mestres e Mestras do Frevo
Todas as terças e sextas, às 10h, 11h, 14h e 15h
Público a partir de 3 anos
Bola de Ouro: Brincadeiras de roda adaptadas para públicos com deficiência visual e/ou baixa visão
Todas as quartas e quintas, às 10h, 11h, 14h e 15h
Público a partir de 8 anos
Caminhos da Folia: Os estandartes em exposição se transformam em um grande jogo de tabuleiro.
Sábados e Domingos, às 15h
Público a partir de 8 anos
Antes de Zé Pereira, no Paço já é carnaval:
Frevo no Ar: Oficina de confecção de brinquedos experimentação de movimentos do frevo
De 5/2 a 1/3, das 9h às 12h e das 14h às 17h
Público a partir de 5 anos
Faça sua Troça: Oficina de confecção de estandartes
De 5/2 a 1/3, das 9h às 12h e das 14h às 17h
Público a partir de 3 anos
Vozes do Frevo: Vivência de iniciação ao canto
Todas as terças, às 11h e 15h
Público a partir de 10 anos
Acorda Povo!: Contação de História sobre os Mestres e Mestras do Frevo
Todas as terças e sextas, às 10h, 11h, 14h e 15h
Público a partir de 3 anos
Bola de Ouro: Brincadeiras de roda adaptadas para públicos com deficiência visual e/ou baixa visão
Todas as quartas e quintas, às 10h, 11h, 14h e 15h
Público a partir de 8 anos
Caminhos da Folia: Os estandartes em exposição se transformam em um grande jogo de tabuleiro.
Sábados e Domingos, às 15h
Público a partir de 8 anos
Poesia Lírica: Vivência com foco nas letras dos frevos
Todas as quintas, às 10h
Público a partir de 12 anos
Quem é você?: Oficina de Confecção de Máscara de Papel Machê
Sábados e Domingos – 10 vagas (inscrições na recepção), às 16h
Público a partir de 10 anos
Recife, cidade lendária: Percurso que apresenta a geografia de Recife a partir de letras de frevos
Todos os dias, às 10:30h, 11:30h, 14:30h e 15:30h
Público a partir de 8 anos
Sentir-Ferver: Performance
Sábados e Domingos alternados, às 17h
Classificação Livre
Funcionamento – Paço do Frevo
Horários: Terça (entrada gratuita) a sexta, das 9h às 17h. Sábado e domingo, das 14h às 18h (Última entrada até 30 minutos antes do encerramento das atividades do museu).
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 – meia.
Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, s/nº, Bairro do Recife.
Informações: 3355-9500 e http://www.pacodofrevo.org.br/programacao

domingo, 20 de janeiro de 2019

Escolas de Samba do Recife

Manifestação cultural popular, musical, coreográfica e poética, o samba acontece em quase todos os Estados brasileiros, com destaque para Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, desde os tempos coloniais. No nosso Estado, o samba organizado em escolas adquire características próprias, como, por exemplo, a incorporação de instrumentos de execução musical e coreografias herdadas do frevo, do maracatu, da capoeira, além de outras expressões.

No Recife, as primeiras referências do samba de escolas encontram-se no bairro de Casa Amarela, na batucada Bando da Noite, mais tarde chamada Escola de Samba Quatro de Outubro. Nos anos 1930, a Escola de Samba Limonil, do bairro de Afogados, entra para a história do Carnaval da cidade. Na década de 1940, é importante registrar a chegada do Encouraçado São Paulo, que trazia entre seus tripulantes sambistas e contribuiu para o aumento de blocos e escolas de samba. Tais agremiações encontram-se listadas nos grandes jornais de circulação da época.

Um misto de festa e espetáculo, o desfile de uma escola de samba é um verdadeiro ritual que gira em torno do canto, do visual, da música e da dança. O enredo transforma-se numa linguagem plástica traduzido nas fantasias, adereços e alegorias. A presença do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira no desfile é um dos elementos mais representativos. Num bailado harmonioso, exibe o maior símbolo da agremiação: o Pavilhão. Outras figuras importantes de uma escola são as baianas, a comissão de frente, e os destaques, com suas fantasias de luxo e volumosas. À bateria cabe sustentar com sua marcação, a cadência, o canto e a evolução de todo o grupo, além de permitir aos passistas demonstrarem toda graça e sensualidade. Surdos, agogôs, repiques, pandeiros, caixas, apitos, tamborins, cuícas, reco-recos, ganzás e chocalhos compõem a bateria de uma escola. É importante destacar o papel do mestre de bateria e seus ritmistas. Essa relação é fundamental para que haja harmonia.

Com extraordinária beleza, as escolas de samba contam histórias e sonhos, ficção e realidade, isto é, um espetáculo que sintetiza em seu conjunto, a seqüência integral e a fluência de apresentação, a unidade e o equilíbrio artístico das diversas formas expressivas do desfile (musical, dramática, visual) e a energia de comunicação de todos os participantes.



GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA LIMONIL

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Limonil surgiu de uma reunião de amigos que bebiam na esquina da 5ª Rua da Vila São Miguel, atual Campo Largo, onde até hoje funciona sua sede. Antes de sua fundação como Escola de Samba, que ocorreu em 28 de maio de 1935, era denominada de Batucada, manifestação bastante comum no Recife, formada da Liga dos Pobres da Vila de São Miguel para ir de encontro a um português que possuía um estabelecimento comercial e se dizia “dono da vila”, cobrando “aluguel” semanalmente das pessoas que moravam em barracos, no entorno. De acordo com Silvio Pessoa, um dos presidentes e compositores da agremiação, “a forma de protestar era fazer zoada”.

O nome da Escola faz referência à mistura entre o anil, o pitu e o limão, elementos presentes no momento de sua fundação, influenciando na escolha das cores da Agremiação (o verde e o branco).

Entre os seus principais fundadores, destacam-se: João 21, Batelão e Nestor. Este último, ao ver Limonil na avenida pela primeira vez, “morreu do coração, fantasiado”, fato relembrado até hoje. Como forma de reverenciá-lo, os integrantes da Escola, antes de entrar na avenida, lhe prestam uma homenagem cantando um samba-enredo: “É tão bom recordar/ vem ver o artista imortal, vem ver/ dessas cores verde e branco / Limonil e seu encanto / Faz tudo acontecer…”.

A Limonil é a mais antiga Escola de Samba em atividade no REcife. Nos anos 1930, entrou para a história do Carnaval da cidade, tendo como referência a sua bateria, que a partir da década de 1960, foi considerada por 10 anos consecutivos a melhor bateria do Concurso de Agremiações Carnavalescas. Seu presidente é Raimundo Inácio da Silva.

Endereço: Rua Campo Largo, 102, Afogados, Recife – PE

Contatos: (81) 98691.7821

E-mail: raimundolimonil@gmail.com



GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA GIGANTES DO SAMBA

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Gigantes do Samba foi fundado em 16 de março de 1942 no Alto do Céu, em Água Fria. Entre seus fundadores estão Luiz Ferreira de França (Zacarias), Ireno Cavalcanti, Luiz Rodrigues da Silva Melo e Ademar Paiva (Portela). Em 2015, sagrou-se Octacampeã do Carnaval da cidade.

O primeiro nome dado à escola foi Garotos do Céu e só em 1974 ela foi oficialmente batizada de GRES Gigantes do Samba. Suas cores oficiais são o verde e o branco e o símbolo é uma Águia, que aparece no centro do Pavilhão da Agremiação.

Antigamente a Gigantes do Samba realizava os Sambões, festas que varavam a madrugada, contando com a presença de sambistas nacionais como Leci Brandão, Sandra de Sá, entre outros. No total, possui mais de 60 títulos, e já se apresentou em outros estados brasileiros, no Japão e na Europa. O presidente é Rivaldo Figueiredo de Lacerda

Endereço: Rua das Crianças, 63, Água Fria, Recife, PE

Contatos: (81) 8875-8114 / 8693-9009



GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA GALERIA DO RITMO

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Galeria do Ritmo foi fundado em 15 de novembro de 1962, no Alto José do Pinho. Entre seus criadores estão José Severino de Santana (Naná), José Jaime, José Emídio de Santana, José Carlos, Antonio Cícero, Agnaldo Souza, Sebastião Simplício, Ailton de Souza e Aristóteles Cabral.

O primeiro tema-enredo foi dedicado ao renomado artista Ataulfo Alves e suas Pastoras, composto por José Emídio de Santana. Até os anos 1980 era uma escola considerada pequena, porém cresceu, se firmou no Grupo Especial e tornou-se definitivamente uma das grandes do Recife após receber dissidentes da Gigante, com a qual mantém grande rivalidade. Coleciona títulos de campeã e vice-campeã no Concurso de Agremiações Carnavalescas da Prefeitura do Recife.

Seu símbolo é uma Lira, representando a musicalidade da escola, além da Águia, que homenageia a Portela, tradicional Escola de Samba do Rio de Janeiro. Suas cores oficiais são o azul e o branco, em devoção à Nossa Senhora da Conceição. O presidente atual é Mizael Correia de Souza Filho.

Endereço: Rua Acaiaca, nº 182, Casa Amarela, Recife

Contato: (81) 98605.8450



BLOCO DE SAMBA A TURMA DO SABERÉ          

Contar a história do samba no Recife é, de certa forma, narra a trajetória artística de uma das maiores tradições do carnaval pernambucano: Bloco de Samba A Turma do Saberé. Fundada oficialmente em 20 de janeiro de 1960, na casa de Dona Rica e no Bar de Petrônio, bairro de São José, a Turma do Saberé é conhecida por aglutinar ao longo de sua história grandes referências do samba.

O nome do grupo vem do peixe denominado Saberé, conhecido por beliscar a isca e não ser capturado. Segundo Fabiano Cezar, diretor de eventos , na década de 1950, existia no bairro de São José, “um grupo de amigos que durante o carnaval visitava a vizinhança do bairro, comia, bebia e ia embora”. Em analogia ao peixe, espertalhão, os amigos passaram a ser conhecidos como “os saberés”, tornando-se alguns fundadores do bloco: Djalma Popó, Ubiratan, Valdir Queijinho, Ubirajara, Reginaldo Cafetão, Fernando Cinza, João Mazurca, Chico Pezão, Vado Bola, Cabo Gerson, Cabo Wilson, Airton Seborréia, Valdemar Cacaquinha, Nai, Beto Tijolo, entre tantos outros carnavalescos e admiradores do samba.

O Bloco tem como símbolo o Peixe Saberé e suas cores oficiais são o azul e o branco. Não concorre no Concurso de Agremiações, mas desfila pelas ruas do bairro de São José, todos homens, divididos entre as alas show, de frente e bateria, esta se destacando, com centenas de batuqueiros, de diversas escolas de samba do Recife. Centenas de admiradores acompanham os carros e som ao longo do itinerário percorrido pela “Turma do Saberé”.

O Bloco já lançou diversos sambas-enredos, destacando-se o samba Eu Sinto Tanta Emoção, composto por Jarbas Boemia. O presidente é Juarez Roberto da Silva.

Endereço: Rua Vidal de Negreiros, nº 188, Bairro de São José, Recife

Contatos: (81) 98825.1035 / 99664.9764

E-mail: dj-xuxa@hotmail.com /sabere1960@hotmail.com



GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA IMPERADORES DA VILA DE SÃO MIGUEL

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperadores da Vila São Miguel foi fundado em 06 de setembro de 2002, em Afogados, a partir de uma dissidência da Escola de Samba Limonil. Segundo Maurício Batista dos Santos (fundador e presidente), por ter sido criada por ex-integrantes de outras escolas e antigos carnavalescos da cidade como Luiza Zumira Santos, Leonice Nery, Gerlane Ramos, Francisco Carlos Pereira, Ana Paula Chagas e Roberto Siqueira, seriam esses os “Imperadores do samba” da comunidade de Vila São Miguel. Assim batizou-se a Escola.

A Agremiação tem como cores oficiais o azul, o amarelo e o branco e seu símbolo é uma coroa que representa o “império”. Em seus desfiles, além da coroa, se faz presente, invariavelmente, uma “ala imperial”, composta por participantes com fantasias que remetem a uma corte. O presidente é Mauricio Batista dos Santos.

Endereço: Travessa 2, Benjamin Torreão 17, Afogados Recife

Contatos: (81) 8875-8114 / 8521-3775

sábado, 19 de janeiro de 2019

Apresentação do Bloco Com Você no Coração

https://youtu.be/TBFuvT6Vcgo

Gonzagão no Carnaval de Olinda

Manter viva a memória de Luiz Gonzaga é o desejo de todo pernambucano que se orgulha de ser conterrâneo do Rei do Baião. É o caso de Manoel Andrade – o Manelito – que teve a idéia de criar a troça carnavalesca “Amigos do Gonzagão”. 
A agremiação está em fase de organização, buscando recursos e patrocínios para a confecção do estandarte, camisas e tudo o que for preciso para desfilar no Carnaval deste ano. 
Manelito já definiu o sábado, 02 de março, para a apresentação oficial da troça na Praça do Carmo, em Olinda.  Na ocasião, os foliões vão ser recepcionados por bandas de forró, comida regional e muito frevo com letras de “seu” Luiz.  Quem gosta de forró e de frevo não pode deixar de apoiar essa iniciativa louvável em favor da nossa cultura popular. Maiores informações: (81) 9.9558-0340. 

Os carnavais de Joana Lira ocupam o Museu Cais do Sertão

Por Camila Estephania
Criada na cidade alta de Olinda, a designer gráfica recifense Joana Lira lembra com carinho as fantasias que ocupavam pelo menos duas gavetas do seu guarda-roupa quando criança. Mesmo quando acabava o Carnaval, a folia era presença constante na vida da artista e estava sempre ali, entre saias e blusas, esperando o próximo ano pra tomar forma novamente. Seu rico imaginário carnavalesco construído desde a infância se concretizou ainda mais quando, entre os anos de 2001 e 2011, Joana assinou a identidade visual da cenografia do Carnaval do Recife que fazem parte da memória afetiva de diferentes gerações de foliões.
Para relembrar suas obras desenvolvidas para esse período, a exposição “Quando a vida é uma euforia” entra em cartaz na Sala Umbuzeiro, do Museu Cais do Sertão, nesta terça-feira (15) até o dia 17 de março. Com curadoria e direção artística de Mamé Shimabukuro, a mostra chega à capital pernambucana em versão estendida depois de ter passado pelo Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. “Aqui ela vem um pouco mais consistente por questões de verba e do tamanho do espaço. Não é uma exposição só contemplativa, ela tem animação, tem ambientes interativos, tem uma parte mais imersiva na Sala São Francisco e tem o núcleo fantasia, que é dos homenageados do carnaval. É uma exposição para criar emoção no visitante”, comenta ela, ao explicar que as obras não são ligadas por uma ordem cronológica nem estão presas a uma linha narrativa.

Apesar de abranger dez Carnavais diferentes, as peças se completam e apresentam a mesma estética, mas ganham temas diferentes, de acordo com o ano. “Em 2001, Recife passou a ter os polos descentralizados e havia a ideia de oferecer mais estrutura ao folião para ele não ficar só no Marco Zero. Roberto Peixe (Secretario de Cultura do Recife na época) convidou o escritório do meu pai (o arquiteto Carlos Augusto Lira) e ele me chamou para trabalhar com ele pela primeira vez. Foi uma experiência bem imersiva, porque fizermos esse primeiro projeto em 15 dias. Cada polo tinha que ter uma linguagem, então, acabava sendo uma homenagem a essa diversidade do nosso Carnaval, por isso foi muito gostoso também”, relembra Joana que, nos anos seguintes, sempre explorava novos personagens para o material não ficar repetitivo.
“O número de personagens que representava cada polo foi crescendo, de modo que, começamos com quatro e no último ano que fiz tínhamos nove. A partir de 2006, a gente pediu a Prefeitura um tema que vinha com os homenageados e pedimos para incluir um artista plástico. Todos eles e as famílias deles me deixavam muito livre para fazer a minha interpretação. Teve artistas que mergulhei na história, outros explorei mais graficamente, foi um trabalho muito bom”, diz ela, que a partir de 2006 desenvolveu obras inspiradas nos trabalhos de mestres como Ariano Suassuna, Lula Cardoso Ayres, Abelardo da Hora, Cícero Dias, Vicente do Rego Monteiro e Tereza Costa Rêgo.
A exposição explora várias ferramentas para proporcionar uma experiência imersiva e interativa ao visitante.
Até 2005, as criações de Joana para o Carnaval foram mais pictóricas e serviram também para testar materiais, volumes e tecnologias que funcionassem nas ruas desde a manhã, sob a luz do sol, até a noite, com iluminação artificial. “Nasci em uma família de artistas. Meus pais são arquitetos, minha mãe também trabalhava com design têxtil e foi casada com o artista plástico Petrônio Cunha. Tive uma convivência muito doméstica com ele e o via trabalhando diferentes materiais. Diria que os três formaram o tripé que deu base às minhas criações”, revela Joana, ao falar de suas inspirações.
Para a exposição, as peças foram recriadas para se adaptarem ao Museu. “Os desenhos sempre foram digitais, o que a gente fez foi pensar a ambiência, porque as peças de rua não caberiam aqui. Nem teve como elas serem conservadas, nem a dimensão delas caberiam no Museu”, observa ela.
“O Carnaval já é parte da minha alma, temos uma cultura muito arraigada, porque é muito rico o que a gente consegue viver aqui. Isso me influencia até hoje, mesmo morando longe. Quando você sai do Recife e tem uma cultura tão forte, acontecem duas coisas: você está sempre se reafirmando; e o que você tem de mais universal é o que você tem de mais único, que é a sua raiz”, conclui ela, ao explicar que a festa, onde tantas manifestações culturais do Estado se encontram, é até hoje uma de suas principais inspirações.

SERVIÇO:
Exposição “Quando a vida é uma euforia”, de Joana Lira
Quando: Abertura nesta terça-feira (15)
Onde: Museu Cais do Sertão (Av. Alfredo Lisboa S/N – Recife Antigo)

Visitação de 15 de janeiro a 17 de março de 2019
Terça a sexta – 09 às 17h
Sábado e domingo – 13 às 17h

Carnaval de Rua: novo CD de Alcymar Monteiro

O  carnaval  está  intrinsecamente  ligado  às  raízes culturais do povo brasileiro, sua origem vem da inquietação social da anarquia que circundam a alegria de nossa gente, que no período carnavalesco explodem de alegria como se risse do seu próprio destino.
O Frevo é Patrimônio Imaterial da Humanidade, é uma cultura musical repleta de plasticidade, alegria e brasilidade. No novo Trabalho Carnaval de Rua, Alcymar Monteiro demonstra todo seu apreço, toda a sua versatilidade, na promoção, na divulgação da trilha sonora do carnaval, a maior festa de rua brasileira. 
Na música de trabalho “Linda Boneca de Papel Machê” (Alcymar Monteiro) o artista constrói uma alusão de uma bailarina que deixava sua fantasia pendurada na janela e toda vez que o folião via a fantasia sem ela, só imagina ela sem a fantasia, que é a tradução imaginária do sonho fantasioso do realismo carnavalesco do nosso povo.
Nesse trabalho Alcymar Monteiro conta com a luxuosa participação de Elba Ramalho na interpretação de  “Chuva, suor  e cerveja”  (Caetano  Veloso), que sintetiza a linguagem carnavalesca dos Pierrôs e Colombinas que  resistem, persistem e não desistem de brincar o reinado de Momo mesmo debaixo de chuva, e marcam um encontro imaginário na porta da igreja.
O álbum é composto por 11 faixas, entre elas Garçon (Reginaldo Rossi), Patrimônio Imaterial da humanidade (Alcymar Monteiro) e 100 Anos de Frevo (Alcymar Monteiro).
Contatos: (81) 3031-3718 / 3050 / 1438
3325-3718 / 9.8240-9869
Email: alcymar@alcymarmonteiro.com.br

Deivinho Sanfoneiro lança CD de carnaval e mistura o frevo com o axé

É preciso se reinventar no mercado da música para não se perder no futuro e fazer o que o povo gosta
 O cantor Deivinho Sanfoneiro traz novidades para o carnaval 2019. Resgatando no projeto os sucessos do axé das antigas,  o artista que é conhecido pela habilidade na sanfona se renova musicalmente e abre agenda para folia de momo.
 Deivinho é da cidade de Carpina e como um autentico nordestino, não deixa as raízes do lugar que nasceu. E fala da necessidade de aparecer em outras épocas fora o são João ” um artista não pode ficar em casa esperando por uma única festa para sobreviver.
 O que precisamos é mostrar a nossa cultura e abrir os nossos próprios espaços para novos horizontes. Sou sanfoneiro há 20 anos e no momento tenho me reinventado tocando outros instrumentos por estar sempre produzindo e buscando. Para mim, o que eu tenho realizado durante o ano é pura arte independente do ritmo que seja. E fazer carnaval sempre foi um sonho, estou com tudo pronto para pegar a estrada e fazer muita festa para o público que me acompanha” revela Deivinho. O CD do artista está disponível em todas as plataformas digitais gratuitamente.

"A Voz do Morro" é tema do desfile do Homem da Meia Noite


Artistas que fazem parte da cultura popular de Pernambuco vão receber homenagens do Clube de Máscaras "O Homem da Meia Noite" no Carnaval 2019. 
Fazem parte das homenagens a Banda Patusco, a cirandeira Lia de Itamaracá e o multiartista Lucas dos Prazeres, que são consideradas vozes dos morros do Grande Recife. Como acontece todos os anos, O Homem da Meia Noite abre, sempre como muito brilhantismo, o Carnaval de Olinda.

Projeto Lirismo no Catamaran promove tour pelo Capibaribe

Cada dia um bloco lírico diferente desfilando a bordo do Catamaran com muita alegria e poesia pelas águas do Capibaribe. Uma ótima opção para quem quer aproveitar a folia de um jeito diferente, através dos rios, contemplando as pontes do centro do Recife e dançando ao som das boas marchinhas e hinos de carnavais. 
O projeto Lirismo no Catamaran promove apresentações de tradicionais blocos líricos, durante um tour pelo Capibaribe. Em 2019, a 6ª edição do passeio temático começa no dia 17 de janeiro. O bloco acompanhará os foliões, ao som de uma orquestra, relembrando frevos líricos. O passeio dura aproximadamente uma hora e 10 minutos. O projeto Lirismo no Catamaran terá saídas até o dia 27 de janeiro. Mais informações através do site ou pelo telefone (81) 3424-2845.

Gerlane Lops e Belo Xis são os homenageados do Carnaval do Recife

A diversidade cultural faz parte do DNA do Carnaval recifense e, neste ano, dois ícones do samba serão os grandes homenageados da festa de Momo na capital pernambucana. O prefeito Geraldo Julio anunciou nesta segunda-feira (7) a homenagem a velha guarda e a nova geração de sambistas, a partir dos nomes dos cantores Belo Xis e Gerlane Lops. Para representar o gênero, no Recife são mais de 20 blocos e escolas de samba que realizam ensaios nas prévias e desfilam no período momesco, exaltando uma tradição que data da década de 1930.
 
Para o prefeito Geraldo Julio, os homenageados simbolizam a relação do recifense com o samba. A cidade é considerada o terceiro maior polo do gênero no Brasil. "Esta é uma homenagem importante e começamos muito bem o nosso Carnaval de 2019. A homenagem a Gerlane Lops e Belo Xis é também uma reverência ao samba. A população curte muito e gosta muito do samba e esses dois ícones representam muito bem este sentimento na nossa cidade", afirmou o prefeito.
 
 Bastante emocionada com o reconhecimento, a cantora Gerlane Lops agradeceu a homenagem prestada pela Prefeitura. Para ela, o gesto fortalece o ritmo na cidade. "Acho que o ritmo precisava dessa homenagem. A gente consegue colocar dentro do samba que é feito aqui as nossas origens e fazer uma boa mistura, cada um com seu swing. O mais importante é o povo, que eu acho que ficará feliz com essa homenagem", comentou Gerlane, que tem 27 anos de carreira.
 
Com 45 anos de estrada no samba, o cantor Belo Xis também se emocionou com a homenagem. "Agora é esperar que o Carnaval chegue logo para curtir este momento maravilhoso", afirmou. Na leitura dele, este será um momento para valorizar ainda mais o ritmo na cidade. "O samba já é um gênero muito forte dentro da nossa cidade e, agora, vai ser ainda mais", destacou Belo Xis. 
 
A história do samba no Recife vem de longa data. Os primeiros registros datam da década de 1930, mesma época do surgimento das escolas de samba do Rio de Janeiro. As primeiras referências do samba de escolas encontram-se no bairro de Casa Amarela, na batucada o Bando da Noite, mais tarde chamada Escola de Samba Quatro de Outubro. Hoje há diversas agremiações e grupos percussivos na Imbiribeira, Afogados, São José, Bomba do Hemetério, Areias, Joana Bezerra e Santo Amaro.
 
No Recife, o samba é a base de dois tipos de grupos carnavalescos. A escola de samba é uma agremiação que possui uma organização bem definida composta por alas, comissão de frente, mestre sala e porta bandeira, além de ter um tema e samba enredo que define como serão seus os carros alegóricos e as fantasias dos integrantes. Além disso, os grupos desfilam e competem anualmente no período do carnaval, assim como as escolas do Rio de Janeiro e São Paulo. Já os blocos de samba são grupos de percussão que podem ter na sua composição fantasias e alas parecidas com as escolas, mas sem uma estrutura rigorosa. Os blocos também não participam do concurso. A essência é a orquestração do samba.
 
Conheça um pouco mais sobre os homenageados do Carnaval do Recife 2019:
 
 
Belo Xis – Com 71 anos de idade, Antônio José de Santana, mais conhecido como Belo Xis, é bamba de nascença. Filho de pai e mãe de sambistas, cresceu entre rodas de samba intermináveis no quintal de casa. Chegou a ser jogador de futebol profissional, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou por grandes clubes, como Santa Cruz, Sport, Vasco e Madureira. E quanto mais longe de casa estava, mais perto do samba chegava. Na Cidade Maravilhosa, conheceu e gravou com grandes sambistas como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Leci Brandão e Neguinho da Beija Flor. Lançou cinco LPs e sete CDs. E ganhou cadeira cativa na ala de compositores da Mocidade Independente de Padre Miguel. Mas seu coração é da Gigantes do Samba e ninguém tasca. Há 45 anos, é compositor e intérprete da escola, na Bomba do Hemetério, que escolheu para pouso e morada de seu coração sambista.
 
Gerlane Lops – Cantora e percussionista, Gerlane Lops descobriu a música cedo. Aos quatro anos de idade, já cantava no coral infantil Catavento. Mais tarde, decidiu rimar talento, prazer e vocação com formação. Sem soltar o microfone, estudou canto no Conservatório Pernambucano de Música e cursou Licenciatura em Música pela Universidade Federal de Pernambuco. Paralelamente, manteve uma intensa carreira nos palcos, com três CDS e um DVDs gravados e incontáveis apresentações no Recife e em diversas outras capitais do Nordeste e do País. Em mais de duas décadas de muito samba, já venceu vários concursos musicais, embalou muitas multidões e, aos 44 anos de idade, consagrou-se um dos principais sinônimos de samba no Recife.  
 

Cordel: Bloco Lira do Carpina

Autor: Ivaldo Batista

Aqui trago de Carpina
Um tema que nos inspira
Alegria e saudade
Pensando a gente delira
Cheio de brilho e cores
Apresento o Bloco Lira.

No bloco há quem prefira
Apenas se apresentar
Mas o coração reclama
E faz seu rosto brilhar
Mostrando a felicidade
Que eles têm ao recordar.

Cultura pra desfilar
Espelho pra geração
O povo nele se ver
Em sua apresentação
É nossa identidade
É cara da região.

Nossa comemoração
Estamos a festejar
Convidando a mata Norte
Pra também participar
BLOCO LIRA DO CARPINA
A você quer convidar.

Venha conosco formar
Esse bonito cordão
Espalhar pra essa gente
Toda nossa animação
Contaminando o povo
Cantando nossa canção.

É com grande emoção
Que estamos festejando
Onze anos de história
E estamos convidando
Queremos o carpinense
Da festa participando.

Estamos aqui lembrando
Como tudo começou
Foi dia dez de outubro (10.10)
Que o Bloco iniciou
No ano Dois mil e Sete (2007)
Nessa data se criou.

Vasti Barbosa fundou
Bloco Lira do carpina
Um resgate pra cultura
Popular que é uma mina
E quem percebe a cidade
Tende a jogar serpentina.

Confetes ou purpurinas
Colombinas Pierrôs
No planalto elegante
Com bom clima e calor
Nosso povo carpinense
Recebeu com todo amor

Bloco com grande valor
Qual ouro ou diamante
Tem um belo hino feito
Por Getúlio Cavalcante
Compositor talentoso
Do carnaval mais brilhante.

Êita bloco elegante
De cigana fantasia
Dessa gente aí emana
Tanto amor e alegria
Que desfilando nas ruas
Tanta gente contagia.

Nesses versos gostaria
De citar até mais gente
Vou lembrar Vastir Barbosa
Que do Bloco é presidente
A vice é doutora Adelma
Uma mulher competente.

Continuando em frente
Com essa composição
Secretária Angelina
Tem outra nessa função
Edjane é secretária
Flabelista em ação.

E na comunicação
Diretora de imprensa
Tem Adriana Campelo
Uma atuação intensa
Divulgar todo trabalho
Mostra como o grupo pensa.

Com atuação imensa
Extensa no Carnaval
Bloco Lira do Carpina
Do Pernambuco imortal
Carregando suas cores
Mostrando ser maioral.

É bonito é ideal
Ver em todos os jornais
A Mata Norte mostrar
Os antigos carnavais
Com o bloco Lira esbanjando
Nos talentos pessoais.

Se o tempo não volta mais
Pra traz ficou a magia
O Bloco traz todo encanto
Revive em nossos dias
Visita o romantismo
Resgata nossa alegria.

Bloco Lira é poesia
Desfilando nas esquinas
Até o asfalto aplaude
Esse Bloco inda é menina
Passeando em nossas ruas
Embelezando Carpina.

Vem ver gente como é linda
A sua apresentação
Bloco Lira do Carpina
Levanta até ancião
Recorda nossos valores
Trazendo tanta emoção

Olha só esta visão
Ver seu desfile quão belo
Distante consigo ver
Abre alas com o flabelo
Carpina com o Bloco Lira
Está mantido esse elo.

Fazendo um paralelo
Com o Bloco da saudade
Bloco Lira do Carpina
Com Recife é paridade
Nós temos potencial
Reunimos qualidade.

Desfila a felicidade
Centenas de foliões
Noites Pré – carnavalescas
De romantismo e paixões
Que encanta nossa gente
Atraindo multidões.

Recebendo atenções
Do povo desse lugar
E de tantos visitantes
Que aparecem pra brincar
Um brinde a este Bloco
Agora vamos saudar.

Ele vai te cativar
Feito fez na Mata Norte
Ao passar ninguém resiste
O seu encanto é tão forte
Depois de te seduzir
Te desejo boa sorte.